A coragem de ser imperfeito

(o vídeo original está no link abaixo, no TED; 

esse é a cópia do YouTube, mas serve!)

Quando ouvi o nome dela a primeira vez, eu sabia que seria definitivo. O pequeno vídeo sobre empatia (nesse post aqui) surgiu pra mim em um workshop de vendas maravilhoso, e pesquisando você descobre que Brené Brown é uma pessoa importante, afinal, os vídeos dela para o TEDx são alguns dos mais vistos. O que me levou a comprar o maravilhoso livro “A coragem de ser imperfeito” para descobrir mais sobre ela. Na luta por me recolocar profissionalmente tenho visitado todos os meus equívocos na tentativa de compreender onde posso estar errando, o que é meu e o que é adquirido ou copiado, o que devo manter e o que devo descartar em meus comportamentos. E lendo as maravilhosas palavras dela sobre seus 12 anos de pesquisa sobre a vulnerabilidade, descobri que algumas coisas que eu acredito não são certas, e algumas coisas maravilhosas que eu preciso passar a praticar em minha vida. 

O ser humano é constituído para criar vínculos, e na busca por ser uma pessoa plena precisamos aprender a viver com ousadia. A vergonha não pode ser um estilo de vida, onde vivemos amedrontados caso nosso lado vulnerável apareça e não seja aquilo que os outros esperam de nós. A vergonha está intimamente ligada ao medo de não ser amado/aceito. A cultura que desumaniza as fraquezas torna escassas a novidade e a paixão, e por consequência a liderança, criatividade e inovação. Isso torna-se um problema não apenas para empresas, mas também para famílias e sociedades em geral. Vivemos a cultura da escassez com força total: todos vivenciamos o medo de não sermos bons o bastante em algo, e criamos armaduras para nos protegermos de falhar, vivendo um falso perfeccionismo e cobrando excessivamente uns aos outros, chegando à exaustão.

Nossos relacionamentos estão falhando por sua superficialidade, já que se temos medo de não sermos bons o bastante, não nos mostramos com totalidade e isso gera, ao longo do tempo, descompromisso, falta de interesse, onde deixamos de nos importar, e essa é a maior traição do nosso tempo. Mais do que as drogas ilícitas, os remédios controlados estão matando nossos jovens pelo fato de que são usados para anestesiar a dor de não ser adequado ou ser inferior ao esperado pela própria família, círculo de amigos, colegas, etc.

Ao longo do livro ela fala de todos os aspectos da vulnerabilidade, e ao contrário do que possa parecer, não precisamos colocar um holofote sobre nossas falhas, mas lidar com elas de forma que, caso elas apareçam, não seja o fim do mundo. Devemos extinguir nossas armaduras, aquelas que criamos para nos defender ou mascarar quem realmente somos, e nos mostrarmos exatamente como somos, sendo resilientes e corajosos para continuar ousando ser quem nós somos. Não podemos dar as pessoas o que não temos, e isso diz respeito a cobrar atitudes das pessoas que nós mesmos não praticamos. E também a valorizar infinitamente mais quem somos do que o que sabemos ou temos.  Comprometimento exige o investimento de tempo e energia, e qualquer investimento requer sacrifício, algo que pensamos ser penoso; mas se analisarmos a origem da palavra sacrifício, em latim ela quer dizer tornar sagrado/ tornar santo. Quando nos comprometemos e investimos nosso tempo e energia em algo, estamos tornando aquela tarefa sagrada, principalmente no tocante à nossas relações. 

Por fim, deixo as três lições sobre alegria:

A alegria nos visita em momentos comuns. Não corra o risco de deixar a alegria passar despercebida mantendo-se ocupado demais perseguindo o extraordinário.

Seja grato pelo que tem.

Não desperdice alegria.

"Tá, mas o que a alegria tem a ver com tudo que resumiu sobre o livro?!" Você vai ter que ler para descobrir. Eu desejo que você tenha tempo para ler, para descobrir sua vulnerabilidade, para repensar suas armaduras, coragem para ser resiliente e paciente consigo mesmo, e se mostrar exatamente como você é, e amor o bastante para viver sua vida com ousadia. Se precisar, conte comigo! Bom final de semana para os meus leitores queridos!