Participação especial: Vida a dois


Oi, eu sou a Gabrielle, irmã da Nonô. Ela me pediu para escrever um texto para o blog dela, pois ele nasceu com essa vontade de unir textos dela e de quem tiver algo legal a dizer – o que eu gostei muito, diga-se de passagem. A dificuldade começou quando ela disse: “escreve algo diferente do que tu escreve no teu blog, algo sobre estilo de vida, sei lá”. Sim, eu também tenho um blog e escrevo sobre pessoas, porém com um enfoque mais profissional, estilo de vida no trabalho, digamos assim. Pedi umas ideias e ela me disse essa: vida a dois. Gostei, vou tentar.
Comecei a pensar no texto e me dei conta de que as dicas que vou listar aqui – nada de manual do sucesso eim, eu disse dicas, que eu aprendi na prática – se aplicam também no ambiente de trabalho, mas vou focar esse texto na vida a dois, de um casal mesmo, seja de que gênero for. Então vamos lá, o que já aprendi nessa vida sobre vida a dois:

- Ouvir é fundamental - Saber ouvir é de uma importância que eu nem sei como definir. Ouvir o(a) parceiro(a) quando ele(a) chega em casa e conta do seu dia, ouvir quando ele(a) quer compartilhar algo interessante que viu na internet, ouvir até mesmo o silêncio do outro. Sim, ouvir o silêncio e, aos poucos, ir entendendo se é daqueles silêncios de quem quer ficar só, concentrado em algo, ou daqueles que precisa falar, mas não sabe como começar a conversa. Ouvir uma cantoria muitas vezes sem ritmo ou afinação, mas entender que ele(a) só quer cantar. Ouvir um tom de voz elevado numa briga e saber que nunca mais quer fazer nada para ouvir esse tom de novo.

- Falar também é vital - Falar o que se quer, o que se espera, o que está incomodando, o que está agradando. O outro não tem como adivinhar; pode aprender depois de um tempo de convivência, mas talvez não seja tão perspicaz ou interessado. Agiliza o processo e fala. Fala do teu dia, dos teus problemas, das tuas alegrias, angústias, preferências, expectativas. Essa é uma das grandes vantagens de dividir o teto com alguém, ter com quem falar. E falando em expectativas, morar junto é um eterno “alinhar expectativas”. Se está esperando algo e não tá vendo movimentação do outro, vai lá e pergunta de uma vez, ouve a resposta e acalma o coração. Economiza tempo e mudanças de humor, recomendo.

- O amor mora nos detalhes - Eu acho que essa frase deve ter algum autor famoso, mas não achei no Google, porém é pura verdade. O amor é dos detalhes. É naquela alcançada de algo que o outro está procurando e não achou, é no sair do quarto sem fazer barulho para não acordar quem quer dormir mais, é na compra de algo que não estava na lista do supermercado, é num parar o que está fazendo para prestar atenção no outro que não para de tentar chamar atenção; é no nunca poupar um ‘eu te amo’. Sussurrado quando se está quase dormindo, gritado quando a porta já está fechando, disfarçado de ‘se cuida’, ‘te vejo em casa’, ‘tô com saudades’. A dose recomendada? Diária, quantas vezes quiser. Que sobre e não falte.

Quem me conhece sabe que sou fã de relacionamentos. A gente aprende a dois o que demoraria muito para aprender sozinho, pois é o tempo inteiro aprendendo o jeito do outro e ensinando o teu, recebendo feedbacks de si mesmo e tendo a chance de melhorar. Não tem receita mágica, mas vale a mesma máxima da cozinha: é fazendo, fazendo, fazendo que se aprende o ponto do prato.

Arthur e Gabrielle, o casal que está fazendo, fazendo, fazendo a vida a dois dar certo.

(Essa foi nossa primeira colaboração especial para o blog! E você, também tem algo que gostaria de nos contar, de dividir com o mundo?! Escreve pra gente, afinal, a estrada é contada aqui pela Nonô, mas é de todos nós.)


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