Adeus, 2017...




Respira, inspira, não pira.
Acho que foram as palavras que mais repeti para mim mesma ao longo desse 2017. Tenho pensado muito em tudo que aconteceu, mas não só nas coisas ruins, que eu já estou farta de pensar sobre elas e remoer aonde eu errei. Mas também sobre os lugares lindos que conheci, as viagens sozinha pensando na vida, os momentos de serenidade, as crises de riso, o carinho das pessoas que se transformaram em amigos ao longo dessa jornada. Eu não posso assistir a retrospectivas que passam na televisão porque eu sou uma chorona sem medidas. A empatia me toma de um jeito que eu choro em todas as tragédias, como se tivessem acontecido comigo, aqui perto, sei lá. Se viemos a este mundo para nos tornarmos seres melhores, para evoluirmos nossa conduta, tem gente que ainda não compreendeu essa máxima. Tem gente que é ruim gratuitamente, que causa mal aos outros, que cultiva preconceitos, que mesmo tendo oportunidades prefere usar drogas, que não se preocupa com o meio ambiente, nem dá para começar a falar nisso. Mas como eu não posso mudar o mundo (ainda), tento mudar a mim mesma. Esse ano eu até li um texto sobre como escrever suas metas de ano novo. Claro, eu faço uma lista de metas, que costumo abrir nos dias finais do ano, e escrever metas para o ano seguinte. Mas nada de coisas utópicas, como ganhar o prêmio Nobel (embora eu conheça gente que está estudando e trabalhando para isso, né Yaba), falo de metas plausíveis como “Separar o lixo orgânico do lixo reciclável”, “Ter mais paciência com as pessoas mais velhas”, “Ler mais”, e por aí vai. E nesse texto eu li que a gente tem que se fazer perguntas, como por exemplo, ao invés de escrever “Emagrecer 5 kgs” (essa está presente em todas as listas femininas, hehehe), a gente tem que escrever “Como posso cuidar melhor do meu corpo ao longo desse ano?”, e não guardar a lista num livro na estante, mas deixar ela a vista e se lembrar de olhar pra ela de vez em quando. Essa coisa de escrever sentenças completas e perguntas faz a gente refletir mais e se responsabilizar mais do que quando escreve apenas “Não beber refrigerante”. As pessoas estão cada vez mais imediatistas, instantâneas, querendo a vantagem aqui e agora, esquecendo que resultados duradouros são construídos com empenho, dedicação, reciprocidade, relacionamentos... Mas eu não vou me deixar abater e deixar de acreditar que as coisas podem ser melhores, e vou trabalhar pra isso, para transformar a realidade que me cerca. Esses dias vendo uma entrevista prestei atenção a uma frase que já ouvi outras vezes, mas dessa vez fez sentido para mim, onde um cara contava a história de que sofreu um acidente que o deixou tetraplégico, e em nenhum momento ele questionou a Deus “porquê isso, porquê comigo”. Ele simplesmente aceitou que aquilo aconteceu pra ele e seguiu lutando pela vida dele, e hoje, praticamente recuperado ele continua pensando assim e sendo grato. Eu me dei conta do quanto sou egoísta quando questiono certas coisas e esqueço de agradecer o tanto que eu tenho. Então, minha lista vai começar com “Começar o dia agradecendo” e terminar com “Terminar o dia agradecendo”. Nesse meio tenho um monte de tarefas a cumprir, porque não adianta pedir aos céus e não se empenhar em fazer nossa parte, não é mesmo?! Combinado?! Então tá, até o ano que vem! Obrigada por esses meses de convivência, pelo carinho, pelas palavras, pelas sugestões. Espero que vocês continuem comigo em 2018, afinal, temos muitas aventuras para encarar juntos, muitas estradas a percorrer... Vem comigo, vamos continuar na estrada!




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